Foto: Cristina Bertoni-Machado
Primeiros restos do Bagualosaurus agudoensis como foi encontrado na rocha. Alguns dentes do animal podem ser vistos no centro da imagem
Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de São Paulo (USP) foi publicado nesta sexta-feira em um dos periódicos mais famosos da Inglaterra, o "Zoological Journal of the Linnean Society". Esse foi o segundo artigo de pesquisadores da UFSM publicado recentemente no jornal britânico. O estudo apresenta uma nova espécie de dinossauro chamada de Bagualosaurus agudoensis, que foi encontrado em Agudo e viveu há cerca de 230 milhões de anos.
Representação artística da paisagem na região de Agudo, há cerca de 230 milhões de anos. No centro da imagem, uma dupla de Bagualosaurus agudoensis/ Arte: Jorge Blanco.
Segundo o líder do estudo, Flávio Pretto, quando os dinossauros começavam a surgir no planeta, a maior parte deles era de pequeno porte, que mal chegava a 1,5 metros, enquanto o Bagualosaurus ultrapassava os 2,5 metros de comprimento. O nome do animal faz alusão a esse aspecto: entre outros usos, "bagual" é um regionalismo gaúcho usado para se referir a um animal grande. Além de maior que seus parentes da época, que eram onívoros, o Bagualosaurus apresentava dentes adaptados para se alimentar de plantas.
O trabalho é resultado da pesquisa de doutorado do Dr. Flávio A. Pretto, que hoje atua como Paleontólogo no Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica, vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (CAPPA/UFSM).